Ana e sua família americana |
A Ana Perovano é amiga da minha irmã e de outras amigas minhas. Conhecemos ela desde pequenas.
Agora ela cresceu e advinhem. Abriu uma agência de intercâmbio em São Paulo. Foi morar lá e está ganhando a vida com algo que ela mesma fez e experienciou. A agência 4youeducational.
Eu a convidei para contar como foi o intercâmbio dela pros Estados Unidos e pro Canadá. Ela fez dois em duas fases diferentes da vida. Acho que são boas experiências para contar e divulgar aqui no blog para quem pensa em fazer o mesmo.
O primeiro intercâmbio dela foi para high school nos EUA, Prattville, no Alabama, uma pequena cidade.
Eu fiz perguntas e ela respondeu. Acho que assim fica mais claro para vocês que estão lendo pegarem as informações. Vamos lá.
Para onde foi seu intercambio? O primeiro para Prattville, no Alabama, uma pequena cidade nos EUA.
Duração? 1 ano.
Onde ficou hospedada? Como foi? Eu fiquei em casa de família durante todo o período, pois fiz high school e era menor de idade. A experiência foi maravilhosa, tanto que até hoje tenho contato com minha “família americana”, eles me consideram como filha mesmo. Inclusive, estou neste exato momento em um avião, rumo aos EUA, e desta vez conseguirei ir visitá-los pela terceira vez desde que voltei de vez para o Brasil, após o intercâmbio.
Você precisou de mudar de habitação durante o tempo em que ficou la? Não.
Você fez através de um programa de intercâmbio ou por conta própria? Ambas as vezes foram por meio de programas de intercâmbio. Nos Estados Unidos foi para cursar o último ano do high school.
Quantas horas de aula tinha por dia? Período integral, por volta de 25 horas semanais, o que dava 5 horas por dia.
Como era a rotina do seu dia? Eu ia a uma escola de ensino médio americana, portanto, minha rotina era como a de qualquer adolescente com 17 anos: acordava cedo, pegava o school bus junto com minha “irmã” americana, assistia às aulas, nos dias de treino de futebol, eu ficava na escola para treinar e depois voltava com alguma amiga do futebol, pois nessa idade os jovens americanos já podem dirigir e a maioria já tinha carro. Como era uma cidade pequena, era tranquilo. Nos finais de semana costumava sair com a minha família ou mesmo com os amigos que fiz lá.
Deu para fazer passeios extras? Claro! Sempre é possível conciliar o período de estudos com os passeios disponíveis em cada cidade. Como estudava em um colégio e jogava futebol pela equipe feminina, fazia muitas viagens curtas com o time para jogar em outras cidades. Além disso, minha família me levava para as cidades próximas e, inclusive, para a Disney. Ou seja, deu pra passear, sim, sempre dá. Costumo dizer que o intercâmbio não é só a sala de aula, é muito mais do que isso. É a vivência do dia a dia, são os passeios, as excursões, a convivência com os moradores locais e os demais estudantes internacionais, a prática diária do idioma em qualquer situação, seja na sala de aula, seja no lazer.
Você acha que se fizermos passeios extras isso atrapalha o estudo? Nem um pouco. Claro que quem vai para fazer um intercâmbio deve estar comprometido com as aulas e não ocupar o período de estudos com lazer, mas os passeios extras estão sempre presentes, inclusive, as próprias escolas organizam diversas atividades extracurriculares, justamente para envolver os alunos, promover a interação entre eles e deles com a cidade. Nas escolas de idioma no exterior, todo mês há um calendário de atividades diferente, inclusive com sugestões de excursões e pequenas viagens aos finais de semana.
Quanto custou o intercambio? Cerca de $6.000-$7000 (dólares), na época em que aconteceu, para o período de um ano, sem contar o custo de acomodação (o do high school não havia custo de acomodação mesmo, pois era um tipo de programa em que a família não ganhava nada para receber o estudante). Hoje há opções completas, já com acomodação, curso, material, taxas e seguro médico por cerca de $2.000 para o período de um mês.
Foi o suficiente para aprender o inglês? Ou vale mais para quem quer apenas treinar o idioma? Eu já estudava inglês no Brasil antes do meu primeiro intercâmbio e como fiquei um ano imersa no idioma, morando com uma família americana, foi essencial para que eu ganhasse a fluência que mantenho até hoje e que foi reforçada em meu segundo intercâmbio, no Canadá. Quem tem disponibilidade para ficar de 6 meses a 1 ano, é um bom tempo para ver mais resultados, ganhar mais desenvoltura e fluência, mas claro que tudo depende do engajamento de cada um também. As opções de curta duração também são válidas para quem não tem todo esse tempo porque mesmo que não seja suficiente para ganhar fluência, o fato de estar em contato com a língua todos os dias, na escola, na rua, nos passeios, na acomodação, já traz resultados para o aluno.
Alguma coisa importante que você queira ressaltar? Vou escrever um pouco mais logo abaixo, no espaço reservado para isso.
Indica para mulheres sozinhas? E para casais? E idosos? Havia pessoas sozinhas la? Idosos? Hoje as opções de intercâmbio são diversas. Mulheres sozinhas, casais, idosos, crianças, adolescentes, famílias, executivos, profissionais de determinadas áreas viajando em grupos com outros profissionais ou sozinhos, os programas de intercâmbio estão abertos para todas essas pessoas! A maioria viaja sozinho mesmo, mas há opções de grupos, seja para adolescentes, com os “camps” de verão e inverno, ou minigrupos de profissionais de uma determinada área, por exemplo, um grupo de engenheiros.
Havia muitos brasileiros? Muitas pessoas de outras nacionalidades? Como era a interação entre vocês? Como eu fui para uma cidade muito pequena e estudei em uma escola americana com demais alunos americanos, não tinha nenhum brasileiro, apenas no segundo semestre chegou um, mas eu não fazia as mesmas aulas que ele e acabava não tendo tanta chance de falar o português, o que foi ótimo para o aprimoramento do meu inglês.
5 dicas que você daria para uma pessoa que quer fazer intercambio?
1- Estar aberto às diferenças, principalmente culturais.
2- Procurar não ficar com a cabeça no Brasil e se entregar ao dia a dia da nova experiência.
3- Estar comprometido com o propósito principal da viagem: estudar.
4- Não ter medo. Ir fundo na escolha e permitir-se sentir aquele frio na barriga que é normal.
5- Aproveitar intensamente! 🙂
Pode escrever mais além das perguntas!
É, no mínimo, curioso que eu esteja respondendo a essas perguntas sentada na poltrona de um avião, justamente quando estamos falando em “descortinar os horizontes”. Já havia viajado com minha família quando era criança, mas foi aos 16 anos que entrei sozinha pela primeira vez em um avião rumo ao meu primeiro intercâmbio e desde então não consegui mais me “desligar” desse mundo.
Escolhi trabalhar com isso pois foi a maneira que encontrei de poder proporcionar o mesmo que tive às pessoas que sonham em ter a experiência de um intercâmbio. “Para Viajar, basta existir”, já dizia Fernando Pessoa, e quem se dispõe a isso certamente já está ganhando em termos de enriquecimento cultural. E o intercâmbio é uma conciliação de tudo isso: estudo + diversão + trocas culturais. Seja criança, adolescente, universitário, adulto, executivo ou idoso, as opções de intercâmbio hoje não se limitam a um único público e estão abertas a todos esses perfis. Todo mundo pode! 🙂
Gostei bastante das respostas da Ana, achei que foram claras e bem respondidas! Espero ter respondido suas dúvidas também, leitor. Hoje Ana se dedica a ajudar quem quer fazer um intercâmbio. A empresa dela é a 4 You Educational e você pode contratá-la de qualquer lugar do Brasil.
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