Precisa de visto de trabalho nos EUA.
Foi na passagem de 2008 para 2009 que a viagem aconteceu. Entretanto, o contrato de trabalho deve ser feito antes, na feira com os empregadores que é realizada meses antes.
Para essa feira, eles organizam um encontro entre os estudantes, em pequenos grupos e os empregadores, individualmente. E no encontro o empregador pode ver o perfil de cada candidato, explicar cargos disponíveis e ver o interesse, assim como habilidades, de cada estudante.
Apertadas as mãos ao final para selar os acordos, era hora de preparar o visto.
Ao viajar, as indicações são as mesmas para quem costuma viajar, horários de aviões, ônibus, preste atenção ao destino, e às vezes é bom confirmar com alguém no local e nunca se afaste de sua bagagem, afinal, não queremos ter uma surpresa ruim. Não é mesmo?
Para mim, teve um ar de suspense, pois eu fui sozinho até o local de destino, onde a empresa enviaria um funcionário para me buscar, e tive que esperá-lo sempre com aquela ponta de preocupação se era o local certo, hora certa. Era uma estação de ônibus. Porém ela era muito bonita, aquecida, com todas as facilidades que alguém precisaria, banheiros muito bem cuidados, maquinas de snacks e wifi, além de um telefone para quem esteja precisando. Isso é uma coisa que foi notável, nessa vez na cidade de Concord, mas em todos os locais que fui na porção norte dos EUA, muita organização e cuidado.
Chegando ao destino, a pequena cidade de Lincoln, aos pé das montanhas da Loon Mtn, vimos a casa em que ficaríamos alojados com mais 10 intercambistas. Sozinhos não ficaríamos, a casa era grande, dois andares, um porão, um sótão, três banheiros, sala, cozinha e seis quartos. Por sorte um dos meus colegas da feira de empregadores também estava na estação em Concord e acabamos virando colegas de quarto. Fomos os primeiros a chegar na casa. Quando todos chegaram, se dividiram em duplas e escolheram seus quartos. Quanto à organização de alimentação, combinamos de separar prateleiras na geladeira para não haver confusão e cada um cuidava da sua própria alimentação, a não ser se combinássemos alguma refeição coletiva. Nunca tivemos problemas quanto a isso. Éramos brasileiros, argentinos e peruanos.
Trabalhávamos das 8hs até às 16hs. E aos finais de semana começávamos às 7h. Nosso corpo de funcionários era volúvel, dependendo do fluxo de pessoas. Assim, nos dias mais cheios, tínhamos colegas contratados e nos mais vazios, tínhamos colegas fixos que voltavam mais cedo para casa. Isso porque ganhávamos por hora de trabalho. Recebíamos os contra-cheques semanalmente. O que em algumas semanas nos era suficiente para passearmos pela região, pelas outras pequenas cidades e fazer compras.
A imersão no inglês é imediata, porém eu não indico muita convivência apenas com brasileiros, pois o português é certeza. Com argentinos, peruanos ou chilenos, apenas se você quer praticar espanhol, mas você querendo praticar espanhol ou não, uma coisa vai poder verificar, as diferenças do espanhol entre os países se torna evidente no convívio com eles.
Ao final da viagem, nosso contrato de trabalho acaba e temos até um mês para passeio de direito no país. Foi aí que finalmente fui conhecer NY.
Esse programa de intercâmbio foi o Work Experience USA, na época em que fui custou por volta de R$ 4000,00, porém, o trabalho cobre parte desse gasto, e se controlar os gastos lá, dá até para cobrir. Porém uma coisa precisa ser dita, fui no começo da crise de hipotecas nos EUA, então os efeitos ainda não eram muito fortes, hoje em dia não sei como isso se encontra e que efeitos pode ter na experiência de quem procura trabalho lá agora.
Se você pretende fazer Work Experience USA:
– No princípio ande sempre em grupo, até que se familiarize com o local.
– Procure interagir com nativos, a imersão cultural será muito mais rica.
– Seja solícito e procure respeitar as diferenças, você vai fazer amigos.
– Curta o primeiro mês, pois tudo é mágico e novo nele.
Quem quiser saber mais precisa procurar uma agência de viagens e intercâmbios na sua região.
Bernardo Puppin
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