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Não esperava inaugurar meus posts da “coluna” viajando nos livros com esse livro.  Tinha outro em mente. Eu nem sabia que ia lê-lo, nem sabia do seu “sucesso” no momento.  Foi minha mãe quem comentou que queria ler, pois gostava da participação do autor no Manhattan Connection.
Assim ela o leu e logo depois eu também o li, em um dia. Em menos de um dia, num domingo, eu li o livro de 150 páginas do Diogo Mainardi –  “A Queda – as memórias de um pai em 424 passos.”

O livro começa tenso. Pra mim era tenso. Eu não sabia que continuaria assim até.. o fim? Até… eu me acostumar com a tensão? Não sei dizer. Quando comecei a ler, fiquei tensa pois ele vai falando em “passos”, 1. E descreve, 2. Descreve… imaginei que era só na introdução e depois ele discorreria a história, imaginei que fosse uma “tática” para destacar o início do livro. Não. Não era.
Também fiquei chateada, por vezes meio chocada com a forma como ele falava do filho dele e como o comparava com várias pessoas, e inseria histórias, historicamente falando mesmo, para ilustrar seu sentimento. Quase desisti.  Achei o livro estranho, a forma dele relatar a história do filho estranha, achei que não devia continuar. Ele me parecia arrogante demais. Mas continuei.
E ao longo do livro fui entendendo o quanto ele colocou ali tudo o que sentia, tudo o que pensava, tudo o que viveu com a experiência de ter um filho com paralisia cerebral após um parto errôneo. Por vezes, com humor. Foi um desabafo, um “expurgo sentimental” como diz Lucio in the Sky (aliás, gostei da “crítica” dele).
Fui percebendo que o início do livro relata o início da experiência.  A dificuldade dela. Depois, fui vendo o quanto ele relaciona consigo mesmo, com seus prazeres, suas pesquisas, sua paixão pela leitura, como ele correlaciona a vida que tem depois do nascimento de Tito.
E na página 121 li, quando ele declarou expressamente no apontamento 331: “Para Marcel Proust, “a vida verdadeira, a única vida plenamente vivida, era a literatura.” Para mim, a vida verdadeira, plenamente vivida, passou a ser Tito.”
Alguém que declara isso, mesmo tendo tanta paixão pela literatura, alguém que tem prazer em contar os passos do filho, sim, cada passo que ele dá sem a ajuda do andador, que mudou de país (morava em Veneza, na Itália por querer se ver longe do Brasil) porque a recomendação médica (que foi buscar em Boston) era que Tito “tinha que permanecer solto, desimpedido, despido. Um menino com paralisia cerebral, tinha de poder manipular a areia, a terra, a água.” Veio morar no Rio de Janeiro. Esse alguém ama. Como ele mesmo diz. Ama.
É um livro sobre amor. Uma declaração pessoal de amor por parte de Mainard. Sim, é isso. Direto, objetivo, da forma como ele age no programa de televisão. Esse é o jeito de ser dele. Agora dá pra entender a forma como o livro foi escrito, o que ele quis passar. Amor. Só isso. Do jeito dele. Amor.
Livro: A Queda
Autor: Diogo Mainard
Páginas: 150.
Ano: 2012

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