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Esse post eu convidei um amigo mais que especial, o Gabriel para escrever sobre ele. Eu também li as 740 páginas de todos os livros das 7 Crônicas de Nárnia e também amei. Também enxerguei o que ele viu. Também em apaixonei por essa leitura dita infantil. Delicie-se com a experiência dele e corra para conhecer Nárnia.

E ele vai inaugurar a participação de outra pessoa (que não eu) no blog. Este é o primeiro post que não é escrito por mim. Outros virão!

Por Gabriel Fiorilli – Crônicas de Nárnia

Qualquer pessoa que ja tenha lido algum livro de histórias na vida, vai concordar que a gente viaja enquanto lê. Visita lugares, sente cheiros, ouve sons, e todos os outros sentidos. E qualquer um que já tenha lido As Crônicas de Nárnia há de concordar que essa viagem é ainda mais envolvente.

Sou altamente suspeito para falar de Nárnia, pois o livro é o meu favorito. E eu me considero um amante das leituras de C. S. Lewis. Mas minha mais que amiga, irmã Melissa me pediu que escrevesse sobre, e eu aceitei o desafio por alguns motivos. Primeiramente pois falar sobre o livro vai reacender aquela chama de quando eu li, e também pois será uma boa oportunidade pra tentar uma nova leitura.

Quem deseja se aventurar, junte-se a mim, e bem vindo a Nárnia.

Eu encontrei As Crônicas de Nárnia quando eu estava no ensino médio. Foi antes do lançamento do primeiro filme, mas o que me fez ficar interessado foram as discussões sobre o filme que estava pra ser lançado. Acredito que a maioria das pessoas conheça hoje algum dos três filmes lançados, dos quais não tiro o mérito de boas produções, mas ai já outro suporte visual, e um outro tipo de viagem. Hoje a viagem vai ser pelas páginas.

Clives Staples Lewis é um artista. A maneira como ele escreve é simples e profunda, sabe compor cada espaço e cada cena como ninguém, e seus personagens são apaixonantes, ele faz com que a gente se identifique o tempo todo com alguns, o que torna a fantasia mais real ainda.

É interessante que Lewis era muito amigo de Tolken (autor de O Senhor dos Anéis), os dois foram colegas na faculdade, e participavam do mesmo grupo de escritores. Li que o Lewis enviou As crônicas de Nárnia para o amigo ler, e recebeu uma resposta crítica dizendo que era infantil demais. O que deu a Tolkien a inspiração pra escrever um livro um pouco mais adulto digamos, em O Senhor dos Anéis.

Enfim vamos entrar em Nárnia. *-* O livro é dividido em 7 crönicas, e a versão mais vendida no Brasil as organiza em ordem cronológica da história e não ordem em que foram escritas. A primeir dela é “O Sobrinho do Mago” e foi escolhida como primeira pois ela narra o início, como Nárnia foi criada. Trata-se de uma aventura incrível, eu não conseguia soltar o livro, eu achei que estava gostando apenas pelo quanto a história te envolve, mas eu descobri que era mais do que isso.
Lewis tem uma bagagem de referências muito rica. Na primeira crônica você já descobre analogias incríveis com a criação do mundo, O Jardim do Eden, Adão e Eva, o fruto proibido, enfim vou parar com os spoilers rs. Até porque, isso não é explícito, algumas coisas sim, mas outras são segredos escondidos na história, e eu achava cada dia mais interessante encontrá-los. Aquilo, eu fui descobrir bem depois, estava fortificando minha fé.

A segunda crônica é a que ficou mais famosa, pois foi o primeiro filme. “O Leão, a Feiticeira e o Guarda Roupas” é sem dúvida a mais marcante das crônicas, nela você começa a compreender a natureza dos personagens de Lewis, e como eles não são figuras desconhecidas, e você começa a perceber que Nárnia é mais real do que você podia imaginar.

As demais são: “Príncipe Cáspian”, “O Cavalo e Seu Menino”, “Viagem do Peregrino a Alvorada”, “A Cadeira de Prata” e por fim “A Ultima Batalha”

Eu queria deixar aqui o impacto que tais historias tiveram na minha vida, e creio que isso possa servir de incentivo para aqueles que tem dúvidas quanto a essa leitura, por ser uma leitura longa, e por ser infanto-juvenil, e parecer tão infantil.

Estes são livros que mexeram muito comigo, me ensinaram muita coisa. Lewis tem esse dom de trazer as coisas e mostrar o quanto elas são incríveis, e te fazer ficar maravilhado. Ele conseguiu trazer mitologia grega e nórtica, misturada aos valores cristãos, um pouco de analogia, e muita criatividade e criou a maior experiência viajando dentro de um livro que alguém pode ter. E o mais incrível é que quando você volta de Nárnia você não é mais o mesmo; a fantasia se funde ao real pra tocar no nosso profundo, e nos fazer perceber o nosso mundo com outros olhos.

Teoricamente todo livro tem esse poder, ou pelo menos quase todos. A gente sempre sai dele diferente de como entrou, assim como cada viagem, cada horizonte. Mas com Nárnia é metaliguagem, você alem de entrar no livro, entra em Nárnia, conhece uma outra dimensão, e compartilha com os personagens a saudade e a vontade de estar lá e reviver momentos que não vão voltar, foram únicos.

É a leitura da minha vida, me ensinou muito, sobre acreditar, sobre sacrifício, sobre lutar, sobre a nobreza de servir… entre muitas outras coisas.

Se você ainda não leu, taí uma boa oportunidade de começar. É uma experiência que está esperando você. E lembre-se você nunca vai a Nárnia porque você quer, e sim porque foi chamado, com alguma missão, pra aprender algo.

O livro não é caro, e esteve por um longo tempo em promoção no site de vendas Submarino. Chegou a ser vendido por R$14,00.

Outra coisa interessante: eu conheci o livro pois viajei pra Curitiba e conheci duas irmãs lá que eram fãs, e elas me disseram que foi indicação de uma psicóloga;  que a mãe lesse pras meninas antes de dormir, pois uma tinha muito medo de dormir no escuro. E eis que a referência de segurança que o Leão dá na história afungenta qualquer medo, e ela perdeu esse medo.

Eis que hoje eu tenho uma tatuagem na panturrilha de Leão, foi minha primeira tatuagem. Eu fiz por causa de Nárnia, pois eu acredito em Nárnia, eu acredito em Aslam. Eu hoje vejo Cristo claramente como Aslam, ele tem conselhos sábios, ele vem na hora certa, ele me faz me sentir seguro, pois todo mal treme ao som do seu nome, e ao seu rugido a dor some e o inverno tem fim.




“…inexprimível força e ternura passavam por eles e por dentro deles; e sentiram que jamais na vida haviam sido realmente felizes, bons ou sábios, nem mesmo vivos e despertos, até aquele momento. A lembrança desse instante permaneceu com eles para sempre; enquanto viveram, se alguma vez se sentiam tristes, amedrontados ou irados, a lembrança daquela bondade dourada retornava, dando-lhes a certeza de que tudo estava bem. E sabiam que podiam encontrá-la ali perto, numa esquina ou atrás de uma porta.” Trecho da Crônica: O Sobrinho do Mago

Por Nárnia, Por Aslam…

Gabriel Fiorilli

Livro: As Crônicas de Nárnia
Autor: C. S. Lewis (1898-1963)
Páginas: 740 nos 07 livros juntos
Ano: década de 50/60. meu livro tem edição de 2005 com a capa do post.



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