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Quando comecei a procurar livros sobre viagens, passei num sebo aqui de Vitória e perguntei por isso. A moça do sebo me indicou o livro “101 dias em Bagdá”. Eu pensei, nossa, acho difícil a capital do Iraque ser um local turístico, mas vou levar esse livro, por ser da mesma autora de “O Livreiro de Cabul”, que eu já ouvi falar, mas ainda não li. Você já leu? É bom? Eu estou pensando em comprá-lo.
Asne é uma jornalista norueguesa que gosta muito do que faz. Entra de cabeça no que se propõe a fazer e quando decidiu ir cobrir a guerra do Iraque em janeiro de 2003, não sabia que conseguiria passar 101 dias naquele local. Isso era quase impossível, dada a dificuldade de se conseguir os vistos de permanência, mesmo para trabalho.

O livro não é super, mas o que prende nele são as investidas de Asne e o quão interessante é ver a cultura local através de sua ótica. Para trabalhar, ela precisava de um intérprete ao lado (que praticamente a vigiava para o governo) e de um motorista nos mesmos moldes, não podendo ir aonde queria, mas apenas onde lhe era permitido. Não conseguia burlar isso por um bom tempo, demorando a conseguir informações verídicas do que a população sentia e pensava sobre a guerra (simplesmente porque eles não falavam, por medo), e por isso, e o livro transcorre sem muitas novidades por uma boa parte. Mas ela consegue passar como é viver sob constante ameaça de ataques de guerra e durante uma guerra. Quando transpõe as barreiras “impossíveis”, narra desabafos iraquianos e acontecimentos jamais reportados  nos jornais e redes de televisão.
Ao ler, pensei várias vezes na loucura de viver aquilo tudo e do porque Asne queria tanto estar ali no meio de uma guerra com bombas estourando pertíssimo do hotel em que estava hospedada. Por muitas vezes ela mesmo não sabe responder durante o livro, mas o seu impulso a leva a conquistar mais um visto de permanência e mais um e leia o livro para ver do que ela é capaz de fazer.
O livro retrata a cegueira da maioria da população, tendo em vista a dificuldade por causa da ditadura e de como o governo procedia, colocando fotos de Saddam Houssein por todos os lados a fim de ser visto e idolatrado. Tudo é controlado pelo governo e a qualquer menção de se contrariar as regras, pode-se ser preso por anos. É muito interessante ver como alguns são levados a crer que essa é a melhor verdade e melhor forma de viver, enquanto outros querem se libertar de tudo isso. Asne retrata isso bem.
É um relato muito verídico, tenso e inédito de quem está trabalhando como jornalista numa guerra. Claro que Asne não é padrão, aliás ela foge completamente aos padrões até pelo ela mesma conta ao longo do livro.

Enquanto eu lia este livro, houve várias coincidências interessantes em minha vida, mas não posso contar-lhes tudo, não é mesmo? 🙂

Lendo o livro, me lembrei do André Fran, que participa do programa de TV “Não Conta Lá em Casa” do Multishow e de como foi tensa a ida dele e dos outros integrantes do programa para o Iraque e de como eles se arrependeram de ter escolhido esse destino em plena guerra. Foi arriscado demais. Veja esse vídeo. (ok, não consegui baixá-lo no post, então fica só o link mesmo)

Falando nisso, o programa deles é bom demais.

Livro: 101 Dias em Bagdá
Autor: Asne Seierstad
Páginas: 400
Editora Record
Ano: 2006
(adquirindo o livro, ao clicar na foto acima, o blog ganha uma comissão)

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