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Surgiu uma oportunidade de passear de trem no Espírito Santo. Eu sempre quis fazer passeios como este. Sempre quis saber como era andar de trem! 

Minhas avós, as duas, utilizavam bastante este meio de transporte antigamente e minha mãe e elas me contavam que você saía toda cheia de minério de ferro, toda suja, mas que era muito legal andar de trem. Na época delas as cadeiras dos trens eram de madeira, bem antigas mesmo.

Constatei, no último final de semana, que, atualmente, as cadeiras são parecidas com as dos ônibus.
Sempre quis, mas nunca havia criado oportunidades concretas de fazê-lo. Sim, porque tenho percebido que viajar é algo que podemos fazer a qualquer hora, é só ter disposição e vontade. Ter companhia seria uma boa, mas ando fazendo o que quero mesmo sem a companhia, senão acabo só esperando oportunidades que demoram a chegar se não as criamos!
Acabei por ter minha primeira viagem de trem no Peru, a caminho de Machu Pichu (veja essa viagem aqui), em novembro de 2011. Depois, em Maio deste ano de 2012 fui à Europa e andei bastante de trem pela Itália e também de Munique para Praga e de Praga para Berlim (veja sobre a viagem à Europa aqui).
Aqui no Brasil, apareceu a oportunidade de conhecer a estrada Vitória-Minas (há um post sobre o Museu da Vale do Rio Doce aqui) e eu a agarrei.
Fomos de trem até Baixo Guandu (3 horas e meia de viagem), saindo de Cariacica, da Estação de trem Pedro Nolasco, a fim de passar o final de semana. O trem sai sempre as 7 da manhã com destino a BH e a viagem dura umas 14 horas! Até Baixo Guandu teve algumas paradas (veja aqui o site oficial) : FLEXAL, FUNDÃO, ARICANGA, JOÃO NEIVA, COLATINA, ITAPINA, MASCARENHAS, BAIXO GUANDU.
Este trem colorido é o vagão econômico
Estação Pedro Nolasco

 Este trem da Vale é o vagão executivo.

Essa viagem foi muito interessante. Confesso que na ida não percebi muito o molejo do trem por estar extasiada pela viagem em si. Tirei muitas fotos e também dei uma descansada. A cadeira do Executivo, vagão E2, abaixa bastante e achei confortável e custou R$32,00 Cariacica x Baixo Guandu.
O lugar para malas não é muito grande e largo, mas não vi conferência de bagagens. Isso é tranqüilo. Não vi outros locais entre os vagões para se colocar a bagagem, apenas dentro deles e acima das cadeiras, como nas fotos abaixo.

Quando o trem anuncia que está parando em Mascarenhas, logo após ele sair novamente, pode pegar suas coisas e ir pro portão. Depois vão anunciar de que lado será a saída do trem.
O ar-condicionado funcionou direitinho e eu até tive que colocar o casaco no meio da viagem.
Foi interessante passear pelos vagões (e isso acontece com freqüência, as pessoas andando o tempo todo). E essa é a diferença principal de andar de ônibus, no trem você pode andar e distrair. Tem até um espaço próprio para leitura, onde uma placa avisa que ali não é lugar de comer.  E tem o vagão de alimentação, num deles tem a cozinha e você compra os alimentos e noutro você senta nas mesas. Mesmo assim passa um carrinho pelo trem vendendo lanches, bebidas (sucos, refrigerantes) e café.

A paisagem é linda, dá lindas fotos. Há quem passeie para documentar.

A ida foi tranqüila, nem senti muito o molejo como estava contando. Consegui ler meu livro e descansar, pois tinha acordado muito cedo para ir pra estação de trem e chegar no horário. Na volta já senti bastante o balanço do trem. Saí de Baixo Guandu as 17:15 e cheguei em Cariacica lá pelas 20:40. Teve alguns momentos em que fiquei com medo pois parecia que o trem ia sair dos trilhos e sacolejou bastante, não teve como não perceber desta vez. 
Não pudemos ver a vista pois já era noite e como sempre, coisas interessantes me acontecem, conheci uma pessoa muito legal, o Ernaninho, como ele gosta de ser chamado. Uma pessoa muito legal, cheia de planos, criativo e cheio de cultura para conversar, já que é professor de história e estudioso de astrologia. Fizemos amizade e até dividimos o táxi na sua chegada à cidade. É sua primeira vez em Vitória e ele quis conhecer o centro histórico da cidade (o que farei em breve num passeio e vou narrar tudo aqui). Fiquei muito feliz de poder dar dicas do que fazer por aqui e de conhecê-lo de verdade.
Ele sim, passou o dia tirando fotos (há que veio de BH de trem) e na janela filmando e percebendo todo o passeio e estava todo cheio de pó de minério.

Como ele estuda astrologia astronomia, pôde me proporcionar bons momentos me mostrando as constelações e me explicando sobre elas pela janela do trem, entre os vagões. E tudo aconteceu muito por acaso, pois, na verdade eu queria dormir e o meu vagão estava muito bagunçado, com muita gente conversando alto, sem respeitar os demais passageiros e eu resolvi ir pro vagão ao lado. Achei uma cadeira “vazia” e até vi uma bolsa no chão perto da cadeira, mas como não havia ninguém me deitei ali mesmo com meu travesseiro. Depois de um tempo o Ernaninho chegou e aí começamos a conversar. Foi super agradável sua companhia no final desta viagem e eu até perdi o sono.
Você pode comprar suas passagens aqui  e não se esqueça de chegar cedo e trocar o seu voucher por um bilhete. Se você vai com crianças, há alguns cuidados que você pode ver no site, mas me parece que é necessário levar uma cópia autenticada da certidão de nascimento delas (é tudo que sei e reparei, pois não levei crianças), tem que ser autenticada.
Achei melhor ir de trem do que de ônibus.
  
E essa foi a minha experiência ao andar de trem pela ferrovia Vitória-Minas, no Brasil!
E você? Já fez algum passeio pela estrada de ferro Vitória-Minas? Conte-nos aqui!

Olhe a notícia que surgiu em Janeiro de 2014: Novos vagões para o trem Vitoria-Minas.

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