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O Convidado especial para iniciar a série de quem morou fora do país é o Bernardo Puppin.

Este post é bem completo sobre a experiência dele de morar nos Estados Unidos num intercâmbio de Work Experience, ou seja para trabalhar.Ele compartilha conosco sua experiência e dá várias dicas. Está a fim de fazer o mesmo? Não deixe de ler este post.

Resumo:
Intercâmbio de trabalho nos EUA – cidade: Lincoln.
Quando: final de 2008, meados de 2009.
Valor do Intercâmbio, +ou-, com a cotação do dólar da época: R$ 4.000,00.
Duração: 03 meses de trabalho com direito a mais 01 mês de passeio.
Hospedagem: quarto em casa fornecida pela agência.
Horas de trabalho por dia: 08 hs
Suficiente para aprender inglês ou aperfeiçoar a língua se souber aproveitar e ficar longe dos amigos brasileiros.
Indica para pessoas sozinhas (sejam homens ou mulheres), casais ou somente amigos.
Precisa de visto de trabalho nos EUA.
Com a palavra, Bernardo:

Existem intercâmbios para vários perfis, idades e propósitos. Dentre eles, há um para quem quer uma experiência de trabalho nos Estados Unidos por curto período de tempo (três meses), e, importante, é universitário. É sobre isso que esse post tratará.

Foi na passagem de 2008 para 2009 que a viagem aconteceu. Entretanto, o contrato de trabalho deve ser feito antes, na feira com os empregadores que é realizada meses antes.

Para essa feira, eles organizam um encontro entre os estudantes, em pequenos grupos e os empregadores, individualmente. E no encontro o empregador pode ver o perfil de cada candidato, explicar cargos disponíveis e ver o interesse, assim como habilidades, de cada estudante.  

 

Eu fui à mesa do representante da Loon Mountain, uma estação de esqui no estado de New Hampshire (NH) com mais três colegas, que vieram a ser meus amigos de viagem. Eu queria mesmo era ir a New York, e assim que fiquei sabendo quais eram os empregadores, corri ate o mapa dos EUA que havia na parede da sala de espera para ver qual era mais próximo de NY. Assim escolhi minha empresa. Com o empregador, eu preferi trabalhar no setor de alimentação do resort, pois era indoors, eu não sofreria tanto de frio e o salário por hora era o maior.
Meus amigos queriam esquiar, então acharam melhor trabalhar no suporte aos esquiadores. Eu tinha minhas ressalvas ao frio e nem fazia questão de esquiar, mas NY estaria próxima.

Apertadas as mãos ao final para selar os acordos, era hora de preparar o visto.
Tenha apenas cuidado para levar todos os documentos pedidos. Em 2008 foram muitos, e atenção redobrada aqui foi extremamente importante, especialmente se você é como eu, que tem facilidade para se perder no meio de papéis. Afinal, você não quer chegar lá com alguma coisa faltando.

Ao viajar, as indicações são as mesmas para quem costuma viajar, horários de aviões, ônibus, preste atenção ao destino, e às vezes é bom confirmar com alguém no local e nunca se afaste de sua bagagem, afinal, não queremos ter uma surpresa ruim. Não é mesmo?


Para mim, teve um ar de suspense, pois eu fui sozinho até o local de destino, onde a empresa enviaria um funcionário para me buscar, e tive que esperá-lo sempre com aquela ponta de preocupação se era o local certo, hora certa. Era uma estação de ônibus. Porém ela era muito bonita, aquecida, com todas as facilidades que alguém precisaria, banheiros muito bem cuidados, maquinas de snacks e wifi, além de um telefone para quem esteja precisando. Isso é uma coisa que foi notável, nessa vez na cidade de Concord, mas em todos os locais que fui na porção norte dos EUA, muita organização e cuidado.


Chegando ao destino, a pequena cidade de Lincoln, aos pé das montanhas da Loon Mtn, vimos a casa em que ficaríamos alojados com mais 10 intercambistas. Sozinhos não ficaríamos, a casa era grande, dois andares, um porão, um sótão, três banheiros, sala, cozinha e seis quartos. Por sorte um dos meus colegas da feira de empregadores também estava na estação em Concord e acabamos virando colegas de quarto. Fomos os primeiros a chegar na casa. Quando todos chegaram, se dividiram em duplas e escolheram seus quartos. Quanto à organização de alimentação, combinamos de separar prateleiras na geladeira para não haver confusão e cada um cuidava da sua própria alimentação, a não ser se combinássemos alguma refeição coletiva. Nunca tivemos problemas quanto a isso. Éramos brasileiros, argentinos e peruanos.

Meu trabalho era satisfatório, pois realizava todo tipo de serviço relacionado ao setor alimentício no saguão e cozinhas. Aprendemos a fazer praticamente todos os serviços relacionados e nosso gerente nos deixava livres para realizar as tarefas conforme elas eram necessárias. Então desenvolvemos um senso de responsabilidade e de autonomia perante as tarefas, que eram: estoque de todos os produtos e das cozinhas; caixa; grill; atendimento dos pedidos na área do grill, de onde saíam café da manha e almoço; feitura das pizzas; limpeza das mesas e retorno dos pratos e bandejas, assim como lavar os pratos.

 


Trabalhávamos das 8hs até às 16hs. E aos finais de semana começávamos às 7h. Nosso corpo de funcionários era volúvel, dependendo do fluxo de pessoas. Assim, nos dias mais cheios, tínhamos colegas contratados e nos mais vazios, tínhamos colegas fixos que voltavam mais cedo para casa. Isso porque ganhávamos por hora de trabalho. Recebíamos os contra-cheques semanalmente. O que em algumas semanas nos era suficiente para passearmos pela região, pelas outras pequenas cidades e fazer compras.
 
A imersão no inglês é imediata, porém eu não indico muita convivência apenas com brasileiros, pois o português é certeza. Com argentinos, peruanos ou chilenos, apenas se você quer praticar espanhol, mas você querendo praticar espanhol ou não, uma coisa vai poder verificar, as diferenças do espanhol entre os países se torna evidente no convívio com eles.


Ao final da viagem, nosso contrato de trabalho acaba e temos até um mês para passeio de direito no país. Foi aí que finalmente fui conhecer NY.


Esse programa de intercâmbio foi o Work Experience USA, na época em que fui custou por volta de R$ 4000,00, porém, o trabalho cobre parte desse gasto, e se controlar os gastos lá, dá até para cobrir. Porém uma coisa precisa ser dita, fui no começo da crise de hipotecas nos EUA, então os efeitos ainda não eram muito fortes, hoje em dia não sei como isso se encontra e que efeitos pode ter na experiência de quem procura trabalho lá agora.

 


Se você pretende fazer Work Experience USA:

– No princípio ande sempre em grupo, até que se familiarize com o local.
– Procure interagir com nativos, a imersão cultural será muito mais rica.
– Seja solícito e procure respeitar as diferenças, você vai fazer amigos.
– Curta o primeiro mês, pois tudo é mágico e novo nele.
– Esteja preparado para se abrir, pois ninguém volta igual, volta melhor.Você vai perceber que depois de certo tempo até sonha em inglês e pensa em inglês cotidianamente.

Quem quiser saber mais precisa procurar uma agência de viagens e intercâmbios na sua região.

Bernardo Puppin

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