Anna Karenina – Joe Wright

A vida é um teatro? Vendo este filme é algo que chama atenção. O diretor ambientou o filme num antigo teatro. Vamos percebendo que o mesmo local, o salão, o palco, os bastidores servem de cenário para muitas cenas do filme que vai se intercalando e mostrando, inclusive, os bastidores, por muitas vezes, além de transportar os personagens de uma cena a outra, de um local a outro, como se eles estivessem atravessando a cena.

Não li o livro de Liev Tolstói, publicado em 1873, que possui 900 páginas, mas gostaria. Vendo o filme (a segunda releitura do livro, pois minha avó me disse que viu um mais antigo há muitos anos atrás), podemos participar da vida de Anna Karenina, personagem principal, que, para a época, foi muito corajosa. Ela assumiu um romance com um homem mais novo, apesar de já ser casada e ter um filho.

O filme exalta as reações dos personagens a essa decisão de Anna Karenina, que tem um marido cristão e que segue à risca seus princípios bíblicos, inclusive perdoando-a do pecado que cometeu.

As atitudes caricatas e teatrais dos personagens servem para ressaltar as emoções subterrâneas de uma sociedade que julga, analisa, exclui e nutre aparências. Interessante ver e “assistir” ao que fazemos, mesmo nos tempos de hoje, muitas vezes, os tempos ditos liberais. Claro que o conservadorismo é extremo, nos idos de 1800 e pouco, afinal. Mas não deixa de existir veladamente hoje em dia.

É um filme interessante, de época e ganhador do Oscar de 2013 de melhor figurino.

Assisti com minha avó, no telecine premium.

Veja o trailer

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Ano de produção: 2012