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foto tirada hoje no dia dos pais

Era de tardinha. Eu ainda não tinha essa noção. Porque possuia apenas uns 3 anos de idade. Mas me recordo da chave virando na porta. 

A sensação de alegria me invadia por dentro! Era papai! Ele estava chegando do trabalho. 

Ele entrava e olhava para mim, colocava algo em cima da mesa e vinha ficar na sala comigo.

Sentava no chão ainda de roupa de trabalho. Ele usava camisa social e calça social, sempre chique. Papai era bancário. 

Sentados, ele brincava comigo. Ou fazia mágica. Ele escondia o ovo. Tínhamos uma mesa quadrada no centro da sala com quatro aberturas, e eu procurava ali pelo ovo. Era uma mágica bem simples, mas eu acreditava nele! Ele fazia bem. Ele também montava o autorama, mas desconfio que essa brincadeira era mais para ele (risos), mas ele me deixava brincar. 



Minha irmã ainda não havia nascido (ela nasceu quando eu tinha 4 anos) e eu me recordo da gente sentados na sala junto com mamãe e ele com um toca-fitas gravando o meu dia. Eu tenho essas duas fitas com a minha voz. Eu cantava as musiquinhas que havia aprendido no dia, cantava em inglês. Mamy mother, i love you… piui abacaxi…e aí eu errava e desligavam a fita, ligavam de novo e aquele tiquezinho da fita ligando para gravação…Papai e mamãe me ouviam atentos. Papai participava. E eu contava como tinha sido o meu dia com as tias da escola.

Me lembro de papai entrando com a Cecizinha no meu quarto, ainda no Rio de Janeiro, quando morávamos em Botafogo, e dizendo, escolha, a chupeta (que estava pendurada na bicicleta nova) ou a bicicleta? Joguei a chupeta para “o guarda” pela janela.

Me lembro de papai colocando a proteção da cama para eu não cair à noite.
Me lembro de papai me ensinando a mexer no videogame, jogando videogame comigo, muitas vezes. Me ensinando a mexer no computador, naquela tela verdinha do DOS. Isso não é para criança, mas olhe como se faz.
Me lembro do som.. Papai sempre gostou de música. E ele tinha um som igual ao do Tio Pedro (que morava em São Paulo). Tio Pedro fez um armário de madeira para caber o som com todos aqueles aparelhos necessários, o estabilizador, o aparelho de som, o isso, o aquilo, eu não entendia bem, mas o som de papai funcionava que era uma beleza. Tio Pedro e papai tinham o mesmo armário de som.
Nossa vida sempre foi musical. Papai ouve todo tipo de música. Sempre teve coleção de LPs. Uma vez eu queria muito aquele disco da Madonna. Ei tinha 11 anos de idade. Não sei porque, mas papai gostava e então eu também gostava. Era um disco azul. Um dia ele me deu! Eu não acreditei! Eu entrei no meu quarto, liguei o ar condicionado, deitei no chão e ouvi o disco todo. Daí perdeu o encanto. Eu queria porque era do meu pai! O disco intocável. Acho que devolvi para ele.
De vez em quando, estávamos no quarto e ouvíamos o disco do momento tocar na sala. Uai! É o Trem da Alegria? Aqui em casa? Corríamos para a sala! Papai tinha colocado no aparelho de som dele!! Ele havia comprado para nós e havia feito uma surpresa! Era muito importante quando ele colocava os nossos discos na sala para todos ouvirem.
Papai fazia uma seleção de músicas para levar nas viagens. Viajávamos muito de carro e pelo menos duas ou três fitas-cassetes eram de músicas de criança. Eu ainda tenho as fitas. Não me desfiz. Papai selecionou as melhores dos discos e gravou.
Um dia, quando eu já era adolescente, peguei papai etiquetando todos os seus  Cd´s, ele tinha uma coleção. Recentemente ele a vendeu e gravou tudo em MP3. Papai sabe fazer as coisas. Sempre está a frente. Ele ainda vai sentar comigo e fazer uma seleção de músicas boas para eu ouvir no carro ou quando estiver fazendo exercícios físicos.
Quando eu tinha dúvidas na escola, papai sempre me ensinava. Me lembro uma vez que eu não conseguia entender geografia geral. Eram muitos conceitos. Eu tinha prova e comecei a chorar. Eu já tinha uns 16 anos. Papai sentou comigo na cama e começou a ler o livro e a me ensinar. Ele não precisava estudar. Ele já sabia.
Ele sempre sabia as fórmulas de matemática, de física, sempre sabia para ensinar e às vezes ele “tomava” a matéria de mim.

Ele fez vestibular de novo quando eu fiz, só que ele passou em segundo lugar e ganhou uma plaquinha dos melhores no vestibular. Eu passei em 12º ou 16º, não tenho certeza. Mas papai passou em segundo!

Quando eu era pequena, me lembro do capricho que ele tinha ao encapar todos os meus cadernos e livros da mesma cor. Até hoje eu não levo jeito para a coisa. Mas papai leva jeito para esse tipo de trabalho manual. Ele deveria praticar algo em artes.
Me lembro de um dia dos pais que ele fez com cartolina um terno todo trabalhado em forma de cartão para vovô. Eu achei lindo. Queria ver esse cartão de novo. Queria que ele fizesse um desse para mim.
Mamãe conta que papai mandava cartas para ela todos os dias quando eles namoravam. Ele namoraram 7 anos à distância, desde que ele tinha 14 anos e mamãe 12!
Papai levava a gente para passear sempre. A gente subia os morros de Vitória juntos, andava de bicicleta, toda a família. Uma vez eu precisei fazer um trabalho de ciências e ver uma espécie rara de planta e papai me levou no alto do farol em Vila Velha. Na época, o farol era aberto, nem era fechado como é hoje. Fomos de bicicleta  e ele achou uma espécie de planta e me ajudou com o trabalho. Na volta ele desceu sem as mãos no guidom. Eu tentei, mas me ralei, rs. Papai sempre soube fazer tudo.
Essas e muitas outras lembranças eu tenho do meu pai, que faz aniversário daqui a poucos dias.
Pai, eu resolvi fazer essa homenagem a você no dia dos Pais. Te dou de presente este post no meu blog. E desejo que nossos momentos juntos se multipliquem. Que possamos ter muitas novas lembranças de novas experiências que possamos realizar juntos.

Obrigada por ser pai de verdade. Por amar,  por respeitar, por perdoar. Obrigada, pai.

Te Amo Muito!
Feliz dia dos Pais!
beijos da Tica (lembra?)
Melissa

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