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Ele cresceu numa família cristã. 

Na igreja de São Gonçalo, no centro da cidade, dentro da sacristia, tem uma foto do seu avô. Seu avô sustentou a igreja por quase 20 anos, era devoto da Nossa Senhora daquela igreja.
Sua esposa é católica. Mas seu pai não. Seu pai era um cético. E ele seguiu esse caminho.
Não reconhece que haja um criador, mas também admite que não há como explicar tudo à nossa volta, as galáxias, a Terra, as folhas e os troncos das árvores, o mar, uma borboleta, as células do nosso corpo, definitivamente interligadas e funcionando tão bem a ponto de gerar uma vida, um ser que cresce, envelhece, ama, sente e raciocina. Não. Não tem explicação. “Morrerei sem entender”. “Minhas únicas duas certezas são de que não há explicação plausível para isso tudo e a segunda é de que eu vou morrer um dia. Não sei para onde vou, se vou, mas sei que um dia acaba.”

Ele vive bem, vive feliz. Realizou muitas de suas vontades, realizou as vontades da esposa e dos filhos. Viaja por todo o mundo. Criou bem os meninos e tem uma vida organizada, estável e estruturada. Afinal, é da área de exatas.
Mas a melhor viagem que ele fez na vida foi conhecer Israel e a Turquia, a terra em que Jesus viveu e onde podemos conhecer as ruínas das igrejas do Apocalipse. “É muito rica em história, é impressionante.” É bonito também ver a fé das pessoas. Todos aqueles papeizinhos naquele muro, simbolizando pedidos e orações dos judeus, passear de barco no Mar da Cesaréia, nas águas por onde Jesus andou. Tudo foi impressionante, pois ele conhece a história da Biblia.
Contou que teve duas experiências fortes em suas viagens. Quando pedi que contasse uma história de viagem, interessante como foram essas as experiências que ele quis contar, elas que marcaram.
“Não acredito em Deus, nem sei exatamente porque, mas foi isso que eu senti.”
Era um domingo qualquer em Roma. Viria a descobrir que nem tão qualquer assim, tempos depois. Seria a penúltima vez que o Papa João Paulo II apareceria em público. Era dia da bênção papal no Vaticano, domingo ao meio dia. Angelus tão famosa. Eles, o casal, queriam aproveitar para assistir. Ela estava extasiada em ver o papa e receber sua bênção. Ele tinha curiosidade. 
A praça de São Pedro estava lotada. Era um final de semana no qual estavam se reunindo pessoas que faziam parte da Cruz vermelha no mundo todo. Grupos e grupos de pessoas de todas as partes do mundo se aglomeravam diante daquele ícone da Igreja Católica.  O papa estava na janelinha no alto, estava bem longe. Era possível vem uma parte branca. Poderia ser um pedaço de sua roupa, poderia ser sua cabeça. Mas o fato é que não se ouvia o que ele dizia. Não era possível entender e havia um bispo ao seu lado que repetia o que o santo padre comunicava. Mas ele não se deu conta ou se preocupou em ouvir. Outra coisa chamava sua atenção naquele momento único de sua vida. A multidão.
Se viu diante de tantas pessoas, mas tantas pessoas com um objetivo único. Ouvir a Palavra de Deus através do Santo Padre que ali estava. Todas as atenções eram voltadas para ele. Todos estavam olhando naquela direção, menos ele. Ele olhava à volta, maravilhado com tanta aglomeração. Não era uma muvuca desorganizada. Não. Era realmente um aglomerado de pessoas de todas as nacionalidades, juntas e com muita fé.
Aquele momento ficou marcado, pois ele pôde sentir o que estava acontecendo ali. Imaginou um campo de futebol numa final de Copa do Mundo entre Brasil e Argentina. Todos focados no jogo tão importante. E se emocionou diante da fé das pessoas. 
Mudou sua vida? Ele disse que não. Apenas foi forte e ficou marcado, mas não houve mudança de direção. Continuou sem crenças, sem “nenhuma fé”. E hoje ele conta com os olhos brilhando o quanto foi importante aquele momento, mesmo que ele não fizesse parte dos fiéis. Afinal, ver o jornal das 20 hs e perceber um grupo de adolescentes prontos pro vestibular, viajando para outras cidades a fim de decidir o futuro da vida deles, também o emocionou.
Ele tem coração. Um coração contrito, um coração de carne, um coração amoroso, um coração que demonstra emoção. Base para a fé cristã, um coração arrependido, contrito, de carne e não de pedra. Interessante que isso está escrito no livro de Ezequiel: “Darei a eles um coração não dividido e porei um novo espírito dentro deles; retirarei deles o coração de pedra e lhes darei um coração de carne. Ezequiel 11:19” E foi justamente o livro que eu sugeri que ele lesse, já que na viagem a Israel ele percebeu que existem anjos de quatro asas ou mais. (Mas eu me lembrava desse versículo, mas não onde estava escrito, era em Ezequiel mesmo…).
“Mas tem mais, Melissa. Eu também fui a Assis. E em Assis tive experiência semelhante. Quando estive na tumba do Francisco de Assis lá embaixo da igreja, quando olhei a expressão no rosto dos fiéis, quando percebi a fé deles, também me emocionei. Foi uma sensação forte.” Uma dúvida surgiu ali? Uma pergunta em seu íntimo? Por que será que eles se comportam assim? Para quê tamanha fé? Qual o objetivo de tudo isso, possivelmente se perguntou.
“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem.” Hebreus 11:1

Fé.

“A minha vida não mudou, Melissa, com essas experiências.”, afirma ele. Não?

O fato é que o marcaram, o fato é que o fez pensar, o fato é que estão ainda na memória. A sensação gostosa de sentir por um momento o que aqueles fiéis sentem ficou. Será que isso é Deus por aqui por perto? Ah, difícil acreditar… Mas a fé é algo que se espera mas não se vê. A gente não vê Deus, apesar de Ele estar por toda parte com sua onipresença. A gente crê Nele, a gente conversa com Jesus, pois Ele ressuscitou e está vivo, a gente é constrangido pelo Consolador, o Espírito Santo, quando cremos. Será que foi uma experiência sobrenatural ali? O que há de sobrenatural nisso? Que emoção foi aquela, afinal?

Não sabemos. Nada podemos afirmar. A experiência foi dele. Ele pode concluir.

E a conversa foi boa. Quando indaguei que me contasse outra história, que não tivesse a ver com fé, uma história engraçada de viagem, já que é um viajante nato, viaja pelo mundo todo, nada lhe veio à mente. Nenhuma outra história fez questão de compartilhar que não fosse essa.

A quem é possível entender os mistérios com  os quais Deus se revela às pessoas?

Basta reconhecê-Lo. Mas isso não me parece ser fácil. Jó terminou seu livro escrito por 42 capítulos, depois de tudo que passou e viveu e de tudo que contou, concluiu que “Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram. Jó 42:5“. Jó passou a conhecer a Deus de perto, através de todas aquelas experiências que Ele mesmo permitiu por que ele passasse. Ele chegou a afirmar que os seus olhos podiam ver a Deus e que antes conhecia só de ouvir falar…mas que agora, Te vêem. E olha que Jó era um servo fiel. Mas não é fácil assim reconhecer a Deus.
Isso não é algo que nós fazemos ou reconhecemos sozinhos. É o Santo Espírito quem faz por nós. Ele nos busca. Ele se mostra e nós O percebemos.
Será que o protagonista da nossa história vai achar a Deus? Who knows… O fato é que Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro. 1 João 4:19
Espero que ele se sinta amado pelo Senhor diante de todas as bênçãos que tem recebido. Essa é a minha oração de hoje.

Amém.

fonte da foto: http://site.ucdb.br/
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